
Com um investimento estimado em US$ 1,1 bilhão (US$ 550 milhões de cada), a Alibaba e a Richemont vão investir na Farfetch, tendo uma participação combinada de 25% em uma nova joint venture que irá incluir as operações de mercado da Farftech na China, com opção de adquirir mais 24% após o terceiro ano.
As duas também irão explorar oportunidades adicionais para trabalhar em estreita cooperação com a Farfetch para oferecer serviços às marcas de luxo.
Luxo global
O Alibaba tem mais de 800 milhões de usuários ativos mensais em suas plataformas móveis de varejo. O Tmall do Alibaba aumentou seu perfil de luxo global nos últimos anos, particularmente por meio de sua plataforma Tmall Luxury Pavillion.
Enquanto isso, a Farfetch lutou para se tornar um dos mercados de indumentária mais confiáveis do mundo nos últimos 13 anos. Durante a pandemia, suas vendas dispararam e a reformulação da marca atraiu talentos chineses como o fotógrafo Leslie Zhang e a atriz Angelababy.
A plataforma com sede em Londres também elevou diferentes vozes do mundo da moda para seus consumidores chineses por meio de eventos culturais com curadoria, incluindo investidores em moda como Wendy Yu (eventos semelhantes também estão planejados para Pequim, Chendu e Hong Kong).
Momento oportuno
Dada a combinação única de moda, cultura e localização inovadora da Farfetch, este último investimento do Alibaba certamente consolidará ainda mais as credenciais de luxo do Tmall. Além disso, a mudança ocorre em um momento em que a maioria dos consumidores chineses está presa em casa e repatriando seus gastos.
O Alibaba adquire regularmente plataformas, sistemas e iniciativas em mercados estrangeiros, o que significa que este último negócio é consistente com essa abordagem. Embora isso possa incomodar a JD.com - o maior rival do Alibaba que também possui ações da Farfetch - em suma, é uma vitória para ambas as partes. E a principal conclusão permanece a mesma: a China desempenha um papel fundamental para as marcas que tentam se manter à tona durante o pandemia.