Segundo informações do portal Retail Dive, um processo de cenário internacional que envolve a marca de calçados de skate Vans e a rede Walmart ganhou as manchetes quando, de fato, o juiz David Carter escreveu na ordem de liminar que “o alto grau de semelhança entre os sapatos supostamente infratores do Walmart e os respectivos modelos Vans levanta uma inferência de intenção de confundir”, proibindo a varejista de vender seus modelos “semelhantes”.
No processo, a Vans declarou que os mais de 20 modelos que motivaram a causa judicial são "versões descartáveis de sapatos Vans" que o Walmart vendeu por meio de suas marcas próprias, incluindo as marcas Time e Tru, Wonder Nation e No Boundaries.
A empresa argumentou também que as marcas usadas pelo Walmart criaram confusão entre seus clientes e que o varejista "inundou o mercado com sapatos baratos, de baixa qualidade e confusamente semelhantes que prejudicam a boa vontade e a reputação da Vans".

Custo de descarte
O Walmart, por sua vez, argumentou no início deste ano que “a Vans não está perdendo vendas e sua reputação não está sendo diminuída” e que a marca, de propriedade da VF Corp, “não está sofrendo nenhum dano irreparável”. A empresa também disse, antes da decisão do juiz, que uma liminar lhe custaria as vendas, bem como os custos logísticos de remoção e descarte de sapatos, que o Walmart estimou em pelo menos US$ 1,4 milhão.
Mais amplamente, o Walmart argumentou que muitos dos elementos que os sapatos tinham em comum são “usados por inúmeras marcas de tênis”, incluindo Airwalk, Air Speed, Hurley, Vox e DC, entre outras.
Caso semelhante
O Walmart, com sua extensa oferta de marcas próprias e crescente mercado de terceiros, não é estranho a processos de infração. No ano passado, por exemplo, também foi processado pelo rapper e empresário de moda Kanye West e sua marca Yeezy por sapatos vendidos no mercado do Walmart por terceiros.