O anúncio deve ajudar a acabar com os boatos negativos sobre um possível fim das temporadas de desfiles presenciais em substituição por apresentações via Internet. Vários designers do Reino Unido acreditam fortemente que compradores e jornalistas precisam ver as roupas ao vivo para compreende-las e apreciá-las.
Ao todo, 32 marcas apresentarão desfiles reais ao vivo na Semana da Moda de Londres deste mês, que será realizada de 17 a 22 de setembro - todos seguindo as diretrizes do governo sobre distanciamento social.
Ao todo, estão programados “21 desfiles físicos e digitais; sendo apenas sete físicos e três designers com um evento físico noturno”, informou o British Fashion Council (BFC) em seu comunicado oficial.
Sexta-feira, dia 18, será o dia mais agitado, com os desfiles físicos de nomes como Preen por Thornton Bregazzi, Margaret Howell, Mark Fast e Temperley London.
Victoria Beckham está organizando uma apresentação em um salão; enquanto Simone Rocha, Sharon Wauchob e Christopher Kane planejam apresentar suas coleções com hora marcada. Muitos designers apresentarão filmes, como J.W. Anderson, Bora Aksu, Phoebe English, Osman, Liam Hodges, Molly Godard e Stephen Jones, entre outros.

“Este é um dos poucos eventos internacionais que ainda acontecem em Londres, demonstrando a resiliência, criatividade e inovação da indústria em tempos tão difíceis. Agora, mais do que nunca, o BFC reconhece a necessidade de olhar para o futuro da LFW (London Fashion Week) e a oportunidade de impulsionar a mudança, colaborar e inovar de forma a estabelecer benefícios de longo prazo, desenvolver novos modelos de negócios sustentáveis e fortalecer o poder econômico e social da indústria” acrescentou o BFC.
Como sua temporada digital de estreia em junho, a próxima LFW será uma vitrine neutra em gênero, embora com a predominância de designers de moda feminina.
“A indústria da moda britânica está enfrentando enormes desafios devido ao impacto da COVID-19 e o BFC continua apelando ao governo para apoiar um setor que, em 2019, contribuiu com 35 bilhões de libras para a economia do Reino Unido, e emprega mais de 890.000 pessoas”, concluiu a organização.